Da minha vagina não sai sangue
Porque prenho poemas
Tenho sangue de gato nas veias
Viro morcego
A poeta nua trepava em mim com tanto vigor que eu ia explodir
A poeta não gozava nunca
Era mulher
Mas meu gozo fácil era capaz de quebrar qualquer tabu
E fazer a poeta criar asas de tanto prazer
E as asas dela seriam verdes e feitas de fios de palmeira
E seu cheiro seria de um país que não vi
O mar teria medo dos mistérios de seu sexo
E ela repetiria versos em línguas indecifráveis cada vez que a minha língua penetrasse na sua boca e desenhasse os seus dentes
Me apaixonei pela poeta nua
Eu quero a poeta nua
A poeta
tantra!
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