domingo, 6 de dezembro de 2009

SEXTO


A poeta nunca deveria ter se entregado a mim
É difícil demais cuidar de poeta
Ora com asas
Ora sem

Mulher já dá trabalho demais!
Devia ter deixado a poeta solta
Pra ver só de vez em quando

Mas paixão pega a gente no laço
Achei que a vida com a poeta seria brilho
Carruagem
Vôo noturno
Alegria a não dar mais

Não era

A poeta tinha dias mulher
Dias anjo
Dias de olhar tudo com indiferença
Enlouquecida dizia que era só mulher
Não era poeta
Que queria olhar vitrine e fazer as unhas
Fazia boca de puta e pulava sobre mim como um gato

A poeta metia medo!

Um comentário: